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O destino
Venha de onde se vier, há vários braços que o esperam quando chega: o mar, a areia branca, o ar puro e as árvores. Um quarteto que o envolve numa vontade de ficar. De parar. De mergulhar. De remexer com as mãos nos finos grãos de areia que se envolvem no corpo. De escutar. De respirar cada vez mais fundo.
Venha de onde se vier, há sempre uma sensação que se agarra a si: cheguei. É esta a minha nova casa.
O verdadeiro luxo
Silêncio. O dicionário diz que o silêncio, substantivo masculino, é a ausência de ruído.
E se o silêncio fosse uma casa, um quarto com vista para o campo, um jardim com tempo para ser apreciado, um céu sem aviões, um mar que enrola lá ao fundo? E se o silêncio fosse um lugar no mapa? Um pontinho verde que respira e inspira paz. Um luxo. O luxo do século: viver perto da cidade, mas sem o rebuliço do trânsito, do stresse e da falta de tempo.
Parece utopia, mas este luxo existe. Chama-se Terras da Comporta. Uma raridade às portas de Lisboa, um diamante que não quer deixar de ser selvagem, mas que se quer assumir como o espaço para onde todos podem ir e de onde não querem, ou nem sequer, precisam sair.
E quando se encontra um lugar assim, o tempo, aquele tempo que todos procuramos esticar, aquele tempo que todos queremos aproveitar com mais ou menos sofreguidão, parece que para. Porque se temos tudo à nossa volta, tudo o que precisamos, por que não viver esse tempo?
“A simplicidade é o último grau de sofisticação.”